Entre 700 participantes, 53 países e 60 soluções a plataforma brasileira BioUp foi nomeada uma das vencedoras globais.
A Embaixada e os Consulados dos EUA no Brasil, em parceria com We Are All Smart (WAAS), JUPTER e a Founder Institute Brasil, têm o prazer de anunciar que a solução vencedora global do Zoohackathon 2020 é da equipe BioUp do estado do Paraná. O segundo lugar ficou com a Artemis (Filipinas) e a DangerZoone (Vietnã) ficou em terceiro lugar. A equipe BioUp desenvolveu uma plataforma que unifica o controle da criação e cultivo de animais silvestres e facilita o acesso às informações de criadores, auxiliando os agentes de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) e da Polícia Rodoviária Federal no combate à fraude e a biopirataria.
A maratona, que neste ano aconteceu 100% online, uniu pessoas de todo o mundo para criar soluções criativas e inovadoras para combater o tráfico de animais ao redor do mundo.
“Nossa proposta é uma plataforma baseada em blockchain para servir como uma ferramenta de pesquisa por licenciamentos fraudados. Desta forma, o agente de campo com um aplicativo (que está pronto) pode fazer uma busca por uma anilha, por exemplo, e bater as informações da ave com a nota fiscal”, afirma Sam Adam, mestre em Ensino de Ciências e professor de Biologia, que compõe a equipe junto com Ricardo Azanha, professor de Administração, João Ricardo Recanello, programador, Vanessa dos Anjos, bióloga e Fernanda Faillace, designer. Para saber mais sobre o aplicativo: https://devpost.com/software/
O Zoohackathon é uma competição global coordenada pelo Departamento de Estado dos EUA, que une estudantes universitários, codificadores, especialistas em vida silvestre e o público interessado na causa, para criar soluções tecnológicas inovadoras para combater os desafios do tráfico de animais selvagens. A quinta competição anual deste ano foi totalmente virtual, e os eventos regionais aconteceram em todo o mundo entre os dias 6 e 8 de novembro. Cerca de 700 participantes de 53 países competindo como equipes on-line geraram mais de 60 soluções tecnológicas inovadoras que podem ajudar a reforçar os esforços no terreno para combater o flagelo do tráfico de animais selvagens. O tráfico de animais silvestres ameaça a segurança nacional, mina o Estado de Direito, usurpa de comunidades os seus meios de subsistência econômica legítimos e agrava a situação de espécies à beira da extinção. Tecnologia e inovação são fundamentais para combater esse crime.
“Acredito que as pessoas podem contribuir conscientizando amigos e parentes sobre o tema. Incentivar interessados em criar espécies silvestres a comprarem de criadores autorizados. E claro, denunciar a venda e criação ilegal às autoridades brasileiras", pontua Pablo Valdez, conselheiro de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Saúde da Embaixada dos EUA, em Brasília.